O governo do México declarou o estado de emergência extraordinária para vários municípios da costa do Pacífico devido à aproximação do furacão Patricia. O furacão ganhou velocidade na quinta-feira à noite, passando a categoria 5, o nível máximo para categorizar a força de um furacão. Torna-se, assim, o furacão mais forte alguma vez registado no oceano Pacífico.
O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) recomendou à população extrema precaução devido às chuvas, vento e ondulação. A tempestade deverá chegar a terra entre sexta-feira à tarde a madrugada de sábado, pelo lado do oceano Pacífico, junto a Puerto Vallarta, a norte de Colima, com ventos na ordem dos 325 km/h e provocar fortes chuvas e ondas de 6 a 10 metros de altura. Às 10 horas locais (15 horas nos Açores) estava localizada a 200 km de Manzanillo, Colima, e a 310 km de Cabo Corrientes, Jalisco. Dado o seu potencial catastrófico, as autoridades já começaram a evacuação de cerca de 50 mil pessoas das zonas litorais dos estados mexicanos de Jalisco, Colima e Nayarit. As escolas e os aeroportos foram encerrados por razões de segurança.
As autoridades destacaram já cerca de 10400 militares e polícias para os três estados, segundo declarações do diretor-geral para a gestão de crises da Coordenação Nacional de Proteção Civil, José María Tapia.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o furacão Patricia está ainda a ganhar força e já é comparável ao tufão Haiyan que assolou a costa das Filipinas em 2013, vitimando quase quatro mil pessoas e deixando 19 mil feridos. Parte da zona costeira ficou destruída e a reconstrução da região custou cerca de 4 mil milhões de euros.