O vulcão Nevados de Chillán, um dos vulcões mais ativos do Chile, localizado na Zona Vulcânica do Sul da Cordilheira dos Andes, exibiu na manhã de ontem, mais duas novas fases explosivas com emissão de cinzas.
A primeira e mais forte, ocorreu às 13:03 hora local (16:03 UTC), e gerou uma densa pluma de cinzas que alcançou 1 700 metros de altura, seguida por emissões mais fracas às 14:40 hora local (17:40 UTC).
A dispersão e queda de cinzas deu-se até poucos quilómetros para norte da cratera, e formaram-se alguns lahars nas encostas de maior altitude, resultantes da interação entre o material quente e a neve na montanha. Esta atividade foi precedida por frequentes emissões de vapor e de gás, algumas delas contendo possivelmente cinzas.
De acordo com o Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile (SERNAGEOMIN), a atividade sísmica no vulcão tem-se mantido instável nas últimas semanas, embora em níveis de baixa energia. De 16 a 30 de abril foram registados 614 eventos sísmicos, 90% dos quais relacionados com movimentos de fluidos no interior do vulcão, indicando a interação do magma em profundidade com o sistema hidrotermal superficial.
Durante os episódios eruptivos de ontem, alguns destes fluidos (compostos por gases e água sob pressão) chegaram à superfície, libertando ligeiramente a pressão interior e estabelecendo um novo equilíbrio, embora temporário. As explosões foram acompanhadas por tremor vulcânico que corresponde ao escape rápido dos gases e à fragmentação de rochas, e seguidas por um decréscimo da atividade sísmica. No momento, é impossível prever se este tipo de atividade freática irá continuar por um longo período de tempo.
Segundo o SERNAGEOMIN, o nível de alerta do vulcão permanece em amarelo e com uma restrição de acesso de 2 km de raio em torno da cratera.
O Chile localiza-se no designado Anel de Fogo do Pacífico, sendo frequente a atividade sísmica e vulcânica.