No final de novembro foram registados, em menos de uma semana, quatro enxames sísmicos com mais de 120 sismos no Vulcão Santa Helena. Os eventos foram todos de baixa magnitude, a maioria inferior a 0,5, e localizados a cerca de 3-6 km de profundidade. Não há registo de nenhum evento sentido pela população.
Segundo os cientistas do Cascades Volcano Observatory do United States Geological Survey (USGS), esta atividade sísmica indica que está a haver uma recarga do sistema vulcânico e relembram que a cada dia que passa, estão mais próximos da ocorrência de uma erupção no vulcão. À medida que o magma é injetado e armazenado no sistema vulcânico, liberta gases e fluidos que se propagam através de fraturas, aumentando a pressão e gerando sismos. Os cientistas informam que sabem que a pressão está lentamente a aumentar, pelo que o vulcão deve estar a sofrer processos subtis de inflação. Daí não se ter detetado nenhuma deformação superficial ou incremento na quantidade de gases libertados.
O Monte de Santa Helena é considerado um vulcão bem-comportado, na medida em que este padrão de atividade já foi observado no passado, nomeadamente nos episódios de recarga do sistema vulcânico de 1986 e 2004; os enxames sísmicos retomaram pouco depois da erupção ter terminado em 2008 e, desde então, continuam periodicamente. Também 2013, 2014 e, mais recentemente, entre março e maio deste ano se registaram eventos semelhantes.
A ocorrência deste tipo de atividade sísmica permite ter uma ideia do que se passa sob o vulcão. Medindo como a velocidade das ondas sísmicas muda à medida que se propagam através da terra, os investigadores podem entender melhor as densidades das rochas e onde se localizam as câmaras de magmáticas.