No passado domingo, dia 28 de maio, às 14:16 (hora local, 22:16 UTC), o vulcão Bogoslof, localizado na parte oriental do arquipélago das Aleutas, entrou novamente em erupção.
Em comunicado, o Alaska Volcano Observatory (AVO) reportou que as imagens de satélite e informação avançada por pilotos indicavam a formação de uma nuvem eruptiva que alcançou pelo menos 10,6 km de altitude, podendo mesmo ter chegado a 13,7 km. Informaram ainda que um observador da ilha Unalaska reportou a formação de uma nuvem de cinzas em forma de cogumelo sobre o vulcão Bogoslof, com queda de cinzas para oeste do vulcão.
O evento eruptivo durou 50 minutos. Desde então, a sismicidade e os relâmpagos associados cessaram, e as imagens de satélite não mostram quaisquer emissões a partir do vulcão. Ainda assim, o vulcão Bogoslof mantém-se assim num estado de atividade elevada e imprevisível, visto que a qualquer momento podem ocorrer novamente explosões com a formação de nuvens de cinzas. O AVO comunica ainda que apesar da erupção ter aparentemente cessado, pode estar em curso atividade explosiva de fraca intensidade, abaixo da capacidade de deteção das fontes de dados que o AVO possui (imagens de satélite, equipamentos sísmicos e de infrassons). Essas pequenas explosões podem representar um perigo nas imediações do vulcão.
Na sequência do episódio eruptivo de domingo, o AVO elevou o código para a aviação para vermelho que foi, no mesmo dia, reposto para laranja. As cinzas vulcânicas emitidas pelos vulcões do sudoeste do Alasca constituem um perigo para as companhias aéreas que operam entre a América do Norte e a Ásia, quando atingem mais de 6 km de altitude.
O vulcão Bogoslof localiza-se numa pequena ilha inabitada a cerca de 100 km a noroeste de Unalaska. A sua última erupção ocorreu em 1992. Atualmente o AVO não tem um sistema de monitorização neste vulcão, mas está a fazer o acompanhamento da evolução da situação através de imagens de satélite e dados de equipamentos sísmicos e de infrassons para detetar atividade explosiva significativa.