Um dia após o vulcão Kilauea ter entrado em erupção, o arquipélago do Havai foi abalado por vários sismos na noite desta sexta-feira e madrugada de sábado. O sismo mais forte teve magnitude 6,9 e localizou-se a 16 km a SW de Leilani Estates, e a uma profundidade de 5 km. Até ao momento não há registo de danos ou feridos.
O vulcão Kilauea, localizado na Ilha Grande do Havai, entrou em erupção na passada quinta-feira, dia 3 de maio, e as escoadas lávicas ameaçam centenas de casas na região. As agências noticiosas locais dizem que dezenas de residências foram destruídas pela lava incandescente, que está também a causar danos avultados em estradas e outras estruturas. O material incandescente está a ser projetado a mais de 30 metros de altura, ameaçando pessoas e bens. O governo do arquipélago decretou estado de emergência e pelo menos 10 mil pessoas foram retiradas do local.
O último comunicado emitido pelo Observatório Vulcanológico do Havai (HVO) do United-States Geological Survey (USGS) refere que a erupção continua, tendo-se formado, esta manhã, fissuras adicionais que produziram spatter e pequenas escoadas lávicas. Informam ainda que é provável que se formem mais na área. A deformação deflacionária no topo do vulcão continua e o nível do lago de lava continua a descer. Acrescentam que não há lava ativa na área de Pu'u'Ōō. Os tremores secundários do terramoto de magnitude 6.9 de ontem continuam e é provável que ocorram mais. Aconselham ainda os residentes do distrito de Puna a permanecerem em alerta, e a reverem os planos de emergência individuais, familiares e comerciais, e procurar por mais informações sobre o estado do vulcão.
O HVO continua a seguir o evoluir da erupção. O vulcão Kilauea é um dos vulcões mais ativos do mundo, estando em atividade eruptiva contínua desde 1983. Desde então, os fluxos de lava emitidos pelo vulcão cobriram dezenas de quilómetros quadrados de terra, destruindo várias habitações.