Na madrugada do dia 9 de abril, o Rio de Janeiro (Brasil) foi fustigado por chuvas torrenciais que provocaram cheias em diversos pontos da cidade. Os distritos turísticos de Ipanema e Copacabana, localizados na zona sul, foram dos mais afetados, bem como a Barra da Tijuca, Jacarepaguá e outros bairros localizados a oeste da cidade. Até ao momento, há registo de pelo menos 10 vítimas mortais.
Relativamente aos estragos, as ruas e estradas do Rio de Janeiro ficaram completamente inundadas. Há ainda registo de árvores derrubadas, carros arrastados, e casas inundadas. Os aeroportos Santos Dumont e Galeão tiveram de recorrer ao auxílio de instrumentos para aterragens e descolagens, e as estações de metro tiveram de ser encerradas, devido a inundações. Centenas de pessoas foram obrigadas a esperar que as chuvas parassem para poderem regressar às suas casas.
As cheias forçaram a que as operações de resgate se realizassem apenas com o uso de meios aquáticos.
Foi declarado o estado de crise. O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, suspendeu as aulas nas escolas e universidades municipais e pediu aos habitantes para que não saíssem de casa.
Os dados da plataforma “Alerta Rio”, da prefeitura do Rio de Janeiro, indicam que o volume de chuva acumulado em apenas quatro horas na noite de segunda-feira (dia 8) foi 70% superior ao esperado para todo o mês de abril em alguns locais.
Durante uma conferência de imprensa em que fez um balanço da situação, o prefeito, Marcelo Crivella, referiu que não tem orçamento para lidar com prevenção de emergências como as chuvas que afetaram o Rio de Janeiro. O autarca salientou ainda que milhares de famílias vivem em áreas de risco, e que 750 mil buracos de esgoto carecem de limpeza constante.