O tufão Hagibis, que atingiu no passado sábado o Japão, provocou pelo menos 43 mortos e 202 feridos. Cerca de 16 pessoas continuam desaparecidas. Mais de 110.000 membros de equipas de socorro, incluindo polícias, bombeiros, a guarda costeira e o exército, continuam as operações de busca e resgate, em especial nas prefeituras de Miyagi, Fukushima, Saitama, Ibaraki, Tochigi e Nagano.
O Hagibis tocou terra no sábado pouco antes das 19:00 (hora local, 12:00 nos Açores) e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa, Tóquio, com ventos de 225 km/h. O tufão foi acompanhado de chuvas torrenciais que causaram o transbordo das águas de mais de uma dúzia de rios. Segundo os meteorologistas, 40% da chuva registada anualmente ocorreu em apenas um dia ou dois em algumas áreas.
Na província de Nagano, a noroeste de Tóquio, há registo de habitações inundadas até ao segundo andar devido ao transbordo da água do rio Chikuma. Também várias barragens ao longo de 21 hidrovias desabaram. As estradas estão completamente submersas.
A Companhia Ferroviária do Japão Oriental informou que 10 comboios, com um total de 120 vagões usados na linha Hokuriku Shinkansen, ficaram danificados pelas enchentes. Esse número corresponde a um terço dos seus comboios. A água entrou numa instalação em Akanuma, na província de Nagano, usada para reparar ou armazenar comboios. As autoridades dizem que não há perspetivas de retomar o serviço na linha Hokuriku.
O tufão Hagibis causou também o corte de energia elétrica e problemas de telecomunicações em algumas partes do Japão. Mais de 52.000 famílias em Tóquio e arredores ainda estão sem energia. A eletricidade deve ser restaurada até quarta-feira em cerca de 90% das áreas sem energia. Relativamente às telecomunicações, os problemas foram provocados pela falta de energia e pela quebra de linhas de comunicação.
As previsões apontam para chuva forte esta segunda-feira nas zonas afetadas pelo tufão. As autoridades solicitaram extrema cautela devido ao aumento do risco de inundações e movimentos de vertente. Além disso, pediram à população que se afastasse de áreas perigosas, como rios e encostas de montanhas.