Pelo menos 239 pessoas ficaram feridas e outras 52 estão desaparecidas, após a passagem devastadora do tufão Rai nas regiões sul e centro das Filipinas. Até ao momento, há registo de pelo menos 208 mortos.
A tempestade ganhou força na manhã de quinta-feira, dia 16 de dezembro, e passou da categoria de tufão a super-tufão, tendo os ventos atingido velocidades de cerca de 260 km/h na ilha de Siargao, com rajadas com mais de 300 km/h, muito acima dos valores previstos de 165 e 195 km/h, respetivamente.
O super-tufão Rai atingiu a costa leste das Filipinas na tarde de quinta-feira, provocando chuvas torrenciais e inundações, que obrigaram mais de 300 mil pessoas a abandonar as suas casas e procurar abrigos.
A Cruz Vermelha filipina relatou uma “carnificina completa” nas zonas costeiras, com telhados destruídos, postes de eletricidade derrubados, casas de madeira destruídas e aldeias inundadas.
Após ter deixado um rasto de destruição no país, o fenómeno enfraqueceu e passou a ciclone tropical severo, no entanto, já se tornou num dos fenómenos naturais mais mortíferos do país nos últimos anos. Em novembro de 2013, o país foi também fortemente afetado pelo tufão Haiyan, um dos mais poderosos já registados, que vitimou mais de 3600 pessoas.
Com a aproximação de Rai, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau (SMC), emitiram hoje um alerta de tempestade tropical, sendo a primeira vez desde 1974 que é emitido, em dezembro, um alerta de tempestade tropical no país. De acordo com os SMC, o agora ciclone tropical está a deslocar-se progressivamente para nordeste, e deverá atingir amanhã terça-feira o ponto mais próximo do território, a cerca de 200 km a sul de Macau.
Segundo os SMC, existe a probabilidade (moderada a alta) da necessidade de elevar para o nível de alerta 3 na noite de segunda-feira para terça-feira. Devido à maré astronómica, em simultâneo com o efeito de storm surge e aguaceiros fortes, poderão ocorrer inundações em zonas baixas.