A tempestade tropical Ana, que atingiu, no passado dia 24 de janeiro, o sudeste do continente Africano, deixou um enorme rasto de destruição em países como Moçambique, Madagáscar, Maláui, Zimbabué e Zâmbia.Em Moçambique, o Instituto Nacional de Gestão e Redução de Desastres confirmam a morte de pelo menos 18 pessoas. Calculam ainda, que mais de 200 000 pessoas foram afetadas pela tempestade e mais de 3 000 casas e edifícios (centros de saúde, escolas e infraestruturas elétricas) tenham ficado destruídos.
As margens do rio Revuboé, localizado na província de Tete, transbordaram, provocando a inundação de casas e estradas. A ponte rodoviária que liga Tete a Moatize foi arrastada pela força da corrente do rio. O governador do distrito de Tete, Domingos Viola, foi igualmente arrastado pelo rio, quando se encontrava a fazer o levantamento das ocorrências naquele local.
Na província de Manica, um movimento de vertente vitimou uma pessoa, contabilizando-se nesta província pelo menos 3 mortos.
Em Madagáscar, pelo menos 41 pessoas morreram e 110 000 pessoas foram obrigadas a deixar as suas habitações, tendo sido realojadas em ginásios e escolas.
No Maláui, 11 pessoas perderam a vida e o governo declarou estado de Catástrofe Natural. Aos poucos, o fornecimento de eletricidade tem vindo a ser reposto, uma vez que desde do dia 24 de janeiro que o país se encontra sem energia elétrica.
Segundo o Instituto de Meteorologia de Moçambique, a chuva deverá continuar nos próximos dias e já é esperada para o fim-de-semana uma nova tempestade.
Moçambique tem sido atingido recorrentemente por diversas tempestades e ciclones, devido, segundo especialistas, ao aquecimento da água do mar, uma das várias consequências das alterações climáticas.