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Comunicações orais ► em encontros internacionais

 

Referência Bibliográfica


FERREIRA, T., GASPAR, J.L., QUEIROZ, G., COUTINHO, R., MOTA GOMES, A., RAMOS, M. (1996) - Avaliação do Risco Associado à Emanação de Gases Vulcânicos Durante a Erupção da Ilha do Fogo (Cabo Verde). Simpósio Internacional Sobre a Erupção da ilha do Fogo, Cabo Verde, Lisboa, FCG, Setembro 1996 (Comunicação Oral).

Resumo


No decurso da erupção vulcânica que se iniciou a 2 de Abril na ilha do Fogo, em Cabo Verde, diversas pessoas necessitaram de assistência médica em virtude de apresentarem sintomas passíveis de serem atribuídos à inalação de gases tóxicos.

No sentido de se avaliar o risco associado à emanação de gases vulcânicos no interior da caldeira, no mês de Maio procedeu-se à amostragem de fumarolas e do ar atmosférico nas proximidades do cone de escórias activo e ao estudo da desgaseificação de CO2 e Rn através dos solos.

Os resultados analíticos obtidos revelaram que a desgaseificação era bastante reduzida nas zonas adjacentes ao centro eruptivo. Na verdade, as fumarolas existentes nas crateras onde se registaram as explosões a 3 e a 4 de Abril encontravam-se praticamente extintas, apresentando-se as amostras aí recolhidas fortemente diluídas com ar atmosférico. O único componente de profundidade aí identificado foi o CO2 (48 moles %). Na amostragem efectuada a nível dos solos nunca foram obtidas concentrações em CO2 superiores a 2 moles % e os valores obtidos para o Rn foram igualmente reduzidos. As amostras de ar atmosférico revelaram que a concentração em CO2 podia, sob determinadas condições atmosféricas, ser da ordem de 2 moles %.

Em termos de saúde pública os valores obtidos para o CO2 no ar atmosférico encontram-se um pouco acima dos limites de segurança admitidos (0,5 moles %). Não obstante, os casos de indisposição reportados foram essencialmente atribuídos à presença de aerossóis ácidos e partículas de sais vulcânicos condensados no ar atmosférico e provenientes da coluna eruptiva, os quais podem ter sido responsáveis pelas situações que envolveram problemas de irritabilidade nos olhos e dificuldades na respiração.

As ocorrências de maior gravidade verificaram-se sempre que a direcção e a intensidade dos ventos não permitia o desenvolvimento de colunas verticais de cinzas e gases a partir das crateras do centro eruptivo. Tal facto favorecia a génese de nuvens descendentes que se propagavam junto ao solo e atingiam os limites da caldeira, a cerca de 3 km de distância, em escassos minutos.

Observações


Anexos