​Investigadores do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos visitaram hoje diversas áreas afectadas pelos temporais que assolaram nos últimos dias a ilha de S. Miguel. A chuva torrencial que se fez sentir aumentou significativamente os caudais das ribeiras que arrastaram árvores e blocos rochosos ao longo do leito. Em muitos casos as passagens hidráulicas sob as estradas foram manifestamente insuficientes para garantir o escoamento das águas e lamas que galgaram as faixas de rodagem e, em determinados locais, provocaram mesmo o colapso parcial ou total das vias.

O levantamento hoje realizado decorreu na área do maciço das Sete Cidades onde vários troços da estrada regional ficaram interrompidos. Os casos mais graves foram registados na Grota da Lombinha, onde ruiu um troço de várias dezenas de metros do ramal que liga a Vigia das Feteiras à Vista do Rei, e em João Bom, onde se verificou o colapso parcial da estrada afectando ambas as faixas de rodagem. Os prejuízos registados foram apenas materiais mas podem ascender a várias centenas de milhares de euros tendo em atenção a tipolgia das intervenções a considerar para se repor a normalidade, incluindo a reconstrução de estradas e infra-estruturas básicas, assim como a limpeza das ribeiras mais afectadas, onde a quantidade de material lenhoso pode voltar a ser remobilizadpode formar represas ou mesmo ser arrastado em próximas situações de precipitação intensa. Paralelamente às referidas ocorrências, várias habitações foram afectadas por inundações e uma outra encontra-se em estado crítico por se situar no topo de um talude onde já se registou um deslizamento superficial.