Vulcão dos Capelinhos entrou em erupção há 56 anos
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Faz hoje, dia 27 de Setembro, 56 anos que o Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, entrou em erupção. Durante 13 meses, o Vulcão dos Capelinhos moldou a ilha do Faial e as pessoas que testemunharam a sua actividade, marcando as suas vidas para sempre e deixando milhares de faialenses sem casa, ficando estas destruídas ou soterradas pela erupção. O vulcão foi razão determinante para motivar o maior êxodo emigratório jamais ocorrido naquela ilha e, por arrasto, na generalidade do arquipélago. Estima-se que 17 dos 30 mil habitantes da ilha do Faial à altura da catástrofe, tenham abandonado a ilha, com destino quase incontornável para os Estados Unidos da América. De resto, foi do outro lado do Atlântico que veio uma das mais firmes e aliciantes respostas à catástrofe, o Azorean Refugee Act, medida que facilitou a emissão de vistos para chefes de família faialenses e que envolveu directamente o então senador John F. Kennedy.
Capelo e Praia do Norte foram as freguesias mais afectadas pela erupção vulcânica e consequente queda de cinzas e materiais de projecção, que provocaram a destruição generalizada das habitações e dos campos de cultivo. A actividade vulcânica extinguir-se-ia em Outubro de 1958 sem aviso, tal como havia surgido.
O Vulcão dos Capelinhos mantém-se como um marco científico, tendo o fenómeno sido acompanhado a nível mundial, inclusive pela comunidade científica, muito graças à televisão. Inactivo há décadas, toda a zona foi constituída área de paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, e faz parte da Rede Natura 2000.
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