Os últimos dados disponíveis sobre a erupção do Vulcão do Fogo (Cabo Verde), iniciada no passado dia 23 de Novembro, indicam que a actividade se mantém. Segundo o coordenador das operações do Serviço Nacional de Protecção Civil (SNPC) de Cabo Verde, Nuno Oliveira, o vulcão continua a emitir escoadas lávicas, mas a frente que atingiu a localidade de Portela mantém-se praticamente estagnada há mais de 24 horas. A lava encontra-se agora perto das igrejas católica e adventista e está a menos de 50 metros da Adega Cooperativa.
O contingente de segurança, composto por elementos da Polícia Nacional, das Forças Armadas, da Protecção Civil e voluntários da Cruz Vermelha permanece em alerta em Chã das Caldeiras.
A Fragata Álvares Cabral chegou hoje, ao início da tarde, à ilha do Fogo, e vai ficar fundeada perto do Porto Vale dos Cavaleiros (São Filipe), local a partir do qual se vão desenvolver as operações. A bordo está com um helicóptero e cerca de uma dezena de embarcações para apoiar em possíveis missões de transporte de pessoas e material, para além de mantimentos, mais de mil máscaras, óculos de protecção, cobertores, medicamentos, entre outros materiais de apoio humanitário.
A erupção já provocou prejuízos avultados na zona da Chã das Caldeiras. O avanço das escoadas lávicas sobre Portela já destruiu mais de 50 casas, a sede do Parque Natural do Fogo, uma escola, um hotel, as estradas de acesso a Chã das Caldeiras, bem como cisternas, currais, casas de apoio à agricultura e uma extensa área de agricultura e pastorício.
Os investigadores do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral e Vera Alfama, naturais de Cabo Verde, encontram-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando as equipas da Protecção Civil e da Universidade de Cabo Verde. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.