O Vulcão do Fogo continua em actividade, emitindo escoadas lávicas. Segundo o Presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) de Cabo Verde, Arlindo Lima, a frente de lava que se dirige de Monte Saia para Ilhéu de Losna destruiu na noite de sexta-feira, dia 19 de Dezembro, a adega de Eduíno Lopes, filial da cooperativa “Sodade”, cortou a estrada alternativa entre Cova Tina e Portela e destruiu uma vasta área de cultivo. A escoada ainda está activa e já galgou a estrada em mais de 20 metros e continua a consumir campos de cultivo de feijão, mandioca, vinha e macieira nesta localidade de Chã das Caldeiras. Segundo o responsável, outras duas habitações localizadas nas proximidades da adega e que ainda estão intactas estão também ameaçadas e poderão ser destruídas pelo avanço das lavas. Com a destruição da estrada, as pessoas que pretendem chegar a Portela ou a Bangaeira, as duas localidades principais de Chã das Caldeiras, já totalmente destruídas pelas lavas, terão de percorrer a pé o troço alternativo a partir de Ilhéu de Losna, fazendo mais de uma hora numa marcha mais acelerada.
Entretanto, a frente de lava que avança em direcção a Cova Tina mantém o andamento, pondo em perigo grandes parcelas de terrenos agrícolas. Quanto à frente de lava de Bangaeira que progredia em direcção a Fernão Gomes, está estagnada há pelo menos quatro dias.
As autoridades continuam em alerta fazendo juntamente com as equipas de especialistas a monitorização contínua da situação.
Os investigadores do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral e Vera Alfama, naturais de Cabo Verde, encontram-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando as equipas da Protecção Civil e da Universidade de Cabo Verde. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.