A actividade vulcânica na ilha do Fogo (Cabo Verde) mantém-se, estando a frente lávica que se formou no dia 26 de Janeiro e que progride em direcção a Monte Beco e a Monte Saia ainda activa e com temperaturas da ordem dos 300 a 700 ºC. No entanto, avança muito lentamente, dificultando estimar a sua velocidade. Nadir Cardoso, investigadora da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), informou que não tem sido possível observar a emissão de lavas na base do cone, mas deduz que aquela frente esteja a ser alimentada por tubos lávicos.
O vulcão está em erupção há dois meses, tendo destruído as povoações de Portela e Bangaeira. Além das habitações e unidades hoteleiras, igrejas, escolas e terrenos agrícolas e de pastagem, a lava obrigou ao realojamento de cerca de 1500 habitantes de Chã das Caldeiras. Os prejuízos provocados pela erupção vulcânica na ilha do Fogo foram avaliados em cerca de cinco milhões de contos.
O investigador do CVARG/CIVISA Jeremias Cabral, natural de Cabo Verde, encontra-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando a equipa da Protecção Civil. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.