Um sismo de magnitude 7,1 atingiu na madrugada de ontem, dia 14 de janeiro, o sul do Perú. De acordo com o United States Geological Survey (USGS), o sismo ocorreu às 09:18 hora UTC (04:18 hora local), localizou-se no mar a 106,6 km a SSE de Nazca, a 73,7 km a SSE de Minas de Marcona e a 25,7 km a SSE de Lomas no Perú, a cerca de 36 km de profundidade.
De acordo com o USGS, o sismo localizado a 40 km de Acari, uma pequena cidade no departamento de Arequipa, no sudeste do país, foi sentido até à capital peruana, Lima, a aproximadamente 563 km de Acari.
Até ao momento, e segundo o chefe do Instituto de Defesa Civil do Perú, Jorge Chávez, o sismo causou alguma destruição, nomeadamente 63 casas destruídas, deixando sem habitação cerca de 130 pessoas. Segundo as autoridades causou ainda 65 feridos e dois mortos, um dos quais terá sido atingido por uma rocha.
O maior número de feridos foi registado no distrito de Chala, uma zona costeira dependente da pesca e da mineração e considerada um destino turístico popular.
Segundo Jorge Chávez, os danos das estradas estão a impedir a chegada rápida do apoio às zonas mais afetadas, que são principalmente zonas rurais e remotas. Acrescenta ainda que a ajuda humana e suplementos estão a chegar aos destinos transportados pelas cidades mais próximas.
O sismo foi sentido também no norte do Chile sem, no entanto, ter causado mortes ou feridos, danos às infraestruturas ou interrupção de serviços básicos, informaram os Serviços de Emergência do país.
Devido à sua localização no designado Anel do Fogo do Pacífico, o Perú é sujeito a eventos sísmicos, por vezes, de elevada magnitude, no entanto, muitas habitações são ainda construídas com materiais precários, não resistentes a estes fenómenos.