300 anos decorridos da erupção dos Mistérios de Santa Luzia e de S. João, ilha do Pico
Hoje, dia 1 de fevereiro, faz 300 anos que ocorreu a erupção fissural designada por Mistérios de Santa Luzia e de S. João, na ilha do Pico, tendo-se desenvolvido ao longo de uma fratura de direção NNW-SSE que atravessa toda a ilha.
O evento eruptivo, do tipo havaiano-estromboliano, e precedido e acompanhado por atividade sísmica, iniciou-se na manhã do dia 1 de fevereiro de 1718 com a abertura de várias bocas eruptivas na vertente sobranceira a Bandeiras e Santa Luzia, na encosta noroeste do Vulcão do Pico, com emissão abundante de escoadas lávicas, escórias e cinzas. Poucas horas depois, na madrugada do dia seguinte, a fratura rompeu mais a sul, entre Terra do Pão e S. João, fazendo com que a intensidade da erupção na vertente norte diminuísse. A 11 de fevereiro abre-se uma boca eruptiva no mar, a menos de 100 metros da costa, unindo-se a terra em pouco tempo. A erupção prosseguiu até 15 de agosto, altura em que parecia ter terminado, para se reativar no início de setembro. Este incremento da atividade foi de curta duração, pois no início de novembro terminaram os abalos e as emissões lávicas.
Na sequência desta erupção perderam a vida 2 pessoas e registaram-se danos significativos na ilha do Pico.