Monte Etna: erupção vulcânica e sismo de magnitude 4,8 deixa estragos
O Monte Etna, um dos vulcões mais ativos da Europa, localizado na ilha da Sicília (Itália), entrou em erupção no passado dia 24 de dezembro, com o relato de mais de 130 sismos de magnitude relativamente baixa. De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), esta foi a primeira erupção de flanco na última década. Este tipo de erupção dá-se num dos flancos do vulcão, em vez de na cratera.
A erupção emitiu uma coluna de gases e cinzas para a atmosfera que se fizeram cair nas cidades vizinhas e que levou ao encerramento do espaço aéreo circundante. Para além disso, a erupção emitiu fluxos de lava a partir de uma fissura localizada na cratera Este, possivelmente ligada ao sistema da cratera principal. Atualmente, os fluxos de lava progridem em direção ao Valle del Bove, a partir de uma nova fissura localizada a Sudeste da Cratera Nova SE, perto da área de Belvedere.
Embora a erupção não represente perigo, a atividade sísmica na área continua elevada, indicando o desenvolvimento de novas fraturas, demonstrando que a atividade vulcânica continua ativa. A grande parte dos sismos, de baixa magnitude, é pouco profunda e localizam-se no setor SE do vulcão.
Hoje dia 26, dois dias após o início da atividade eruptiva, um sismo de magnitude 4,8 (Richter) atingiu a ilha da Sicília, fazendo pelo menos 30 feridos e provocando danos em edifícios. De acordo com o INGV, o sismo ocorreu às 03:19 hora local (02:19 hora UTC), a cerca de 2 km a N de Viagrand e Trecastagni, Catânia, a 1,2 km de profundidade. Algumas habitações de construção antiga acabaram por ruir parcialmente na localidade de Fleri e Zafferana Etnea.
De acordo com um estudo recente, toda a estrutura da ilha italiana da Sicília, está a avançar em direção ao mar a uma taxa de 14 mm por ano, cerca de 1-3 graus. De acordo com a equipa que liderou o estudo, a contínua monitorização do vulcão é muito importante, especialmente para ver se há aceleração neste movimento. Tendo em conta 11 anos de dados, concluiu-se que a montanha move-se em direção ESE, em direção à cidade costeira de Giarre, localizada a cerca de 15 km de distância.
Destruição causada pelo sismo de magnitude 4,8 em Itália (Foto: Reuters in BBC)