O ciclone tropical Seroja, que atingiu nesta segunda-feira a Indonésia e Timor-Leste, provocou ventos fortes, chuvas torrenciais, inundações e movimentos de vertente, que forçaram milhares de pessoas a procurar abrigo em centros de acolhimento.
A capital de Timor-Leste, Dili, ficou completamente inundada. No município de Flores, na Indonésia, escoadas de lama atingiram diretamente casas, pontes e estradas. Na ilha de Lembata, a leste de Flores, algumas aldeias foram conduzidas montanha abaixo e carregadas para a costa.
De acordo com a agência de desastres da Indonésia, continuam a ser esperadas chuvas e ventos fortes nos próximos dias, uma vez que a tempestade desencadeia ondas offshore de até seis metros. Segundo a mesma fonte, o ciclone, que ao ganhar intensidade movia-se em direção à costa oeste da Austrália, dificultou os esforços para alcançar os sobreviventes presos naquelas ilhas. Apesar das dificuldades, já foram registadas até ao momento 7 mortes em Timor-Leste, 86 na Indonésia, e 71 pessoas continuam desaparecidas. Segundo Alfons Hada Bethan, chefe da agência de desastres East Flores, suspeita-se que muitas pessoas estejam enterradas.
Numa altura em qua Timor-Leste está a trabalhar arduamente para conter a propagação da COVID-19 entre a sua população, agora com uma pressão adicional considerável, não só sobre os recursos como sobre o povo timorense, a União Europeia afirmou estar disposta a oferecer assistência ao país que vive na pobreza. Milhares de pessoas estão em abrigos temporários, onde se verifica uma grande escassez de medicamentos, alimentos e cobertores.