No passado dia 19 de maio, pelas 12:47 UTC, ocorreu um incremento da atividade explosiva na área da Cratera Norte do Vulcão Stromboli, localizado na ilha italiana com o mesmo nome.
De acordo com o Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (INGV), pelas 12:51 UTC do mesmo dia, ocorreu o colapso do flanco da Cratera Norte e formou-se uma escoada piroclástica que atingiu a linha de costa e entrou por mais de 1 km no mar, produzindo uma nuvem de cinzas que atingiu uma altura estimada em 1,5-2 km acima do nível do mar. Entre as 13:02 UTC e as 13:35 UTC formaram-se outras escoadas piroclásticas de menor dimensão, que atingiram igualmente a linha de costa, produzindo nuvens de cinzas menos intensas.
Após este evento, ocorreu o transbordo da lava, formando-se uma escoada lávica que progrediu pela Sciara del Fuoco e cuja frente também atingiu a linha de costa. Atualmente, a atividade explosiva continua, por vezes com episódios mais intensos, mas a escoada lávica está a ser menos alimentada, pelo que a frente já não atinge a linha de costa, tendo parado a cerca de 300 m de altitude.
Com cerca de 926 metros de altura, o vulcão Stromboli, que forma a ilha ao norte da Sicília, no arquipélago das ilhas Eólicas, é um dos vulcões mais ativos do mundo. É conhecido pelas suas explosões normalmente pequenas, mas regulares, com emissão de lava incandescente a partir de várias bocas eruptivas no interior da sua cratera. Este tipo de atividade no vulcão vem acontecendo há pelo menos 2000 anos, desde que há registos escritos da atividade, da qual o seu nome deu origem à chamada atividade estromboliana. Em 2019, ocorreram dois eventos paroxismais, um a 3 de julho de 2019, que provocou a morte de um turista, e outro a 28 de agosto.