Jangadas de pedra pomes de erupção vulcânica no Japão afetam indústrias da pesca e turismo
Uma extensa área marítima da ilha principal de Okinawa, localizada no extremo sul do Japão, está a ser afetada por jangadas de pedra pomes que flutuam nas proximidades do conjunto de ilhas de Ogasawara, localizadas a cerca de mil quilómetros a sul de Tóquio.
Oficiais de prefeitura de Okinawa estão a estudar formas de remover uma grande quantidade deste material, que acreditam ser proveniente de uma erupção do vulcão submarino Fukutokuokanoba e que ocorreu em agosto passado. Desta erupção resultou a formação de uma ilha ed material pomítico em forma de C, perto da ilha Iwoto. A chegada da pedra pomes foi confirmada nas ilhas principais e próximas de Okinawa desde que chegaram à ilha de Kitadaito, a cerca de 360 km de distância, no dia 8 de outubro.
Para além do impacto direto no meio ambiente, este fenómeno está a ter um enorme impacto nas indústrias da pesca e do turismo, e impede que navios entrem e saem dos portos. No passado sábado, um navio de patrulha da Guarda Costeira do Japão encalhou, após cruzar-se com este material durante um trino, a cerca de 55 km a sul da cidade de Itoman (Okinawa). Até ao momento a pedra pomes atingiu 16 portos de pesca em Okinawa e Kagoshima e danificou cerca de 40 embarcações, seis das quais não podem mais navegar.
Estas “jangadas” de pedra pomes, também conhecidas como pumice rafts podem atingir vários metros de espessura, como no caso da erupção do Krakatoa em 1883 que atingiu cerca de 9 metros, e podem permanecer a flutuar durante semanas, meses ou até mesmo anos, podendo bloquear o acesso a portos, ou interromper ou desviar a navegação/tráfego costeiro e transoceânico. Fragmentos de pedra pomes podem obstruir os filtros de entrada de água salgada das embarcações muito rapidamente, podendo ainda resultar no sobreaquecimento das máquinas.