Furacão Fiona provoca pelo menos quatro mortes nas Caraíbas, mais de mil resgatados em Porto Rico e ameaça chegar à Bermuda
O furacão Fiona, que atingiu as Caraíbas no passado dia 18 de setembro, já causou pelo menos quatro mortes, mais de mil resgatados e refugiados e tem provocado inundações e cortes de energia em toda a região.
Fiona, que até domingo era uma tempestade tropical, fortaleceu-se ao aproximar-se de Porto Rico, passando a furacão de categoria 1. Foram registados ventos máximos de 140 km/h e chuvas fortes.
Os danos da passagem do furacão ainda não foram todos estimados, refere o governador porto-riquenho, Pedro Pierluisi. O Serviço Meteorológico Nacional primeiro relatou um risco de cheias rápidas nos municípios do sudeste da ilha sendo o alerta posteriormente estendido a praticamente todo o território, incluindo San Juan e a sua área metropolitana. Foram ainda registados derrubamento de árvores, movimentos de vertente, estradas danificadas, pontes colapsadas e cortes de energia e água a centenas de milhares de pessoas. O furacão levou ao cancelamento de todos os voos dos aeroportos da ilha, incluindo o Aeroporto Internacional Luis Muñoz Marín, enquanto os portos marítimos estão fechados desde sábado até novo aviso.
Um total de 1.083 pessoas foram resgatas após a passagem do furacão Fiona em Porto Rico, informou Pedro Pierluisi. Só a Guarda Nacional realizou 30 resgates de mil pessoas em 25 municípios e os bombeiros resgataram 83 pessoas. Foram registados também 12.400 deslocados na República Dominicana e 2.146 refugiados.
O furacão Fiona seguiu, posteriormente, na direção das ilhas Turcas e Caicos, como furacão de categoria 3, onde a maré formada pela tempestade pode aumentar os níveis de água de 1,5 a 2,4 metros acima do normal, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA.
A tempestade deverá continuar a ganhar força até tornar-se num furacão de categoria 4, à medida que se aproxima das Bermudas, na sexta-feira, prevendo-se que enfraqueça antes de atingir o leste do Canadá no fim de semana.
A chegada de Fiona ocorre apenas dois dias antes do quinto aniversário do furacão Maria, que causou cerca de três mil mortos.