Iniciou-se a erupção vulcânica no maior vulcão ativo do mundo, Mauna Loa, no Havai. Desde meados de setembro de 2022, o vulcão tem evidenciado sinais de reativação, conforme indicado pela atividade sísmica e inflação do cume.
A erupção teve início por volta das 23:30 hora local (13:30 UTC) do dia 27 de novembro, na caldeira Moku'āweoweo, no interior do Parque Nacional dos Vulcões do Havai. A erupção produziu escoadas lávicas, contidas na área do cume e sem possibilidade de afetar as comunidades que vivem nos flancos do vulcão. É possível que a ação do vento possa transportar gases vulcânicos, cinzas finas e também cabelos de Pelée.
Com base em eventos passados, as fases iniciais de uma erupção em Mauna Loa podem ser muito dinâmicas e a localização e o avanço dos fluxos lávicos podem-se alterar rapidamente. Caso os focos eruptivos se mantenham no mesmo local, em Moku'āweoweo, as escoadas lávicas deverão ficar confinadas no interior das paredes da caldeira. Contudo, caso os centros eruptivos migrem para fora das suas paredes, os fluxos de lava poderão progredir rapidamente pelos flancos. Os fluxos de lava são visíveis a partir de Kona, e não há, atualmente, qualquer indicação de qualquer migração da erupção para uma zona de fissuras.
Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia de Honolulu, algumas zonas da Ilha Grande estão sob alerta relativamente à queda de cinzas, devido à possibilidade de acumular espessuras de 0,6 cm de cinzas. O Parque Nacional dos Vulcões do Havai encerrou a área do cume de Mauna Loa aos visitantes.
O nível de alerta de Mauna Loa é neste momento WARNING e para a Aviação RED (vermelho). O Observatório Vulcanológico do Havai (HVO-USGS) continua a monitorizar cuidadosamente as condições e emitirá novos avisos, sempre que necessário.
Com 4169 metros acima do nível do mar, Mauna Loa é um dos cinco vulcões que constituem a ilha do Havai. É consideravelmente maior que o vulcão havaiano Kilauea que, em 2018, entrou em erupção e destruiu cerca de 700 casas num bairro habitacional. A erupção de Mauna Loa de 1950 produziu escoadas lávicas que avançaram por 24 km até alcançar o oceano em menos de três horas.