As fortes chuvas de monção na província de Java Oriental, Indonésia, fizeram com que se criassem as condições necessárias para desencadear o colapso do domo lávico do vulcão Semeru, de 3676 metros de altura, e consequente formação de um fluxo piroclástico, formado por gases e lava, que progrediu pelas vertentes do vulcão em direção ao rio Besuk Kobokan.
O fenómeno aconteceu na tarde do passado domingo, atingindo várias aldeias e destruindo uma ponte que acabara de ser reconstruída após uma erupção inesperada no passado ano, e que deixou mais de 10 mil pessoas deslocadas.
Segundo o chefe do distrito de Lumajang, cerca de 2000 pessoas foram transferidas para abrigos de emergência em várias escolas, no entanto, ao longo do dia de ontem, já voltaram às suas casas para cuidar dos animais e proteger as propriedades. As autoridades distribuíram pelos habitantes máscaras para proteção da contaminação e das cinzas.
O incremento da atividade vulcânica que se deu na tarde de domingo levou as autoridades a aumentar a zona de perigo para 13 quilómetros em torno da cratera e elevar o nível de alerta do vulcão para o nível máximo.
O monte Semeru, localizado no leste da ilha de Java, é o ponto mais alto da ilha. A última erupção no vulcão ocorreu há um ano atrás e obrigou à evacuação de cerca de dez mil pessoas. Fluxos de lama e cinzas atingiram aldeias inteiras e pelo menos 51 pessoas perderam a vida. Dois dias depois deu-se um novo episódio eruptivo.
A Indonésia, um arquipélago com mais de 250 milhões de habitantes, fica no conhecido Anel de Fogo do Pacífico, pelo que a atividade sísmica e vulcânica são fenómenos muito frequentes.