Decorreu no Funchal, ilha da Madeira, o 3º Congresso de Geomorfologia, promovido pela Associação Portuguesa de Geomorfólogos (APGeom) e destinado à promoção do conhecimento e ao debate de ideias em torno desta área disciplinar. Os perigos naturais e o seu impacte socio-económico foram uma vez mais alvo de especial atenção, tendo os congressistas alertado para a necessidade de se criarem condicionantes específicas nesta matéria para efeitos do planeamento e do ordenamento do território.

Durante o evento, os investigadores do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores (CVARG), Rui Marques e Paulo Amaral, apresentaram dois trabalhos integrados no tema “Dinâmicas Geomorfológicas Actuais”. O primeiro abordou os fenómenos de instabilidade geomorfológica desencadeados pelos sismos de 20 e 21 de Setembro de 2005 no maciço de Água de Pau, na ilha de S. Miguel, e a importância da utilização da análise multivariada na produção de mapas de susceptibilidade para este tipo de perigo geológico. O segundo dissertou sobre a utilidade do uso de técnicas geodésicas, nomeadamente das designadas Estações Totais, para a identificação e monitorização de massas de solo e rocha instáveis.