No passado domingo, o vulcão Sangay, localizado na parte central do Equador, registou um aumento significativo na atividade vulcânica, incluindo várias explosões fortes e emissões de cinzas. Segundo o Instituto Geofísico (IG) do Equador, a atividade aumentou a partir das 04h20 (hora local, 09h20 UTC), com tremores sísmicos mais intensos do que os registados nos meses anteriores.
Imagens de satélite mostraram uma grande nuvem de cinzas que ascendeu até 10 quilómetros acima da cratera do vulcão.
O Sangay é um dos vulcões mais ativos do Equador. O primeiro relato de uma erupção histórica foi em 1628. Entre 1728 até 1916 foram relatadas erupções mais ou menos contínuas, situação que voltou novamente a ocorrer em 1934 e que se mantém até à atualidade. A atividade quase constante causou mudanças frequentes na morfologia do complexo da cratera do cume.
O vulcão, localizado numa região despovoada do sul da província amazónica de Morona Santiago, iniciou um novo período eruptivo em maio do ano passado. De acordo com o Instituto Geofísico (IG) do Equador, as províncias de Chimborazo e Bolívar, na região andina central do país, devem ser as mais afetadas pela potencial acumulação de um a três milímetros de cinzas, o que é suficiente para afetar a agricultura.
O Serviço Nacional de Gestão de Riscos e Emergências disse em nota que suas unidades de monitorização relataram "forte queda de cinzas vulcânicas" em vários cantões das províncias de Chimborazo e Bolívar, bem como em Guayas, a sudoeste, e Los Rios, a oeste. Foram ativados Comités de Operações de Emergência (COE) locais e regionais para coordenar as medidas de resposta e entrega de ajuda humanitária às populações afetadas.