Ocorreu ontem, dia 20 de dezembro, pelas 20:30 hora local, uma nova erupção vulcânica submarina no arquipélago de Tonga. A erupção na ilha de Hunga Tonga-Hunga Ha’apai produziu uma coluna de cinzas com cerca de 16 km de altura.
De acordo com imagens de satélite, a presença da água do mar com o magma estará a causar uma interação explosiva significativa (atividade freatomagmática). Também foi detetada, por sensores UV/IR, uma quantidade significativa de dióxido de enxofre (SO2). Segundo o Volcanic Ash Advisory Centre de Wellington, foi elevado para vermelho o nível de alerta do vulcão.
A forte explosão na ilha desabitada foi ouvida a cerca de 170 km de distância, nas ilhas mais próximas. Os dados obtidos através dos satélites Sentinel-5 e TROPOMI revelaram aproximadamente 9 quilotoneladas de SO2 na nuvem de cinzas vulcânicas, que se dispersa para norte.
As imagens de satélite (MODIS) mostram também, após o inicio da erupção, a formação de jangadas de pedra-pomes, com uma área menor a 50 km2 após as primeiras 24 horas, o que indica que a erupção foi menor do que a erupção de 2019, que produziu jangadas com cerca de 195 km2 após 48 horas.
No final de 2014 e início de 2015, as duas ilhas Hunga Tonga e Hunga Ha’apai uniram-se na sequência de várias erupções naquela região e formaram uma única ilha. Fazem parte de uma caldeira submarina, no interior do arco vulcânico de Tonga-Kermadec, que se estende desde a Nova Zelândia e as ilhas Fiji, no anel do Fogo do Pacífico.