​De acordo com os cientistas do IMO (Icelandic Meteorological Office), do Instituto de Ciências da Terra bem como os representantes da Protecção Civil da Islândia a sismicidade no Vulcão Bardarbunga continua elevada.

Em menos de 24 horas foram registados mais de 500 sismos, tendo o mais forte atingido magnitude 5,7 na escala de Richter (dados da USGS). Este ocorreu às 01:26h (hora local) e localizou-se no sector noroeste/norte da caldeira do Vulcão Bardarbunga e a uma profundidade de 6 km. É de salientar, ainda, que grande parte da actividade sísmica se encontra próxima do glaciar Dyngjujökull, e está concentrada nos últimos 10 km do extremo do filão, continuando este a migrar para norte, com um comprimento estimado de 40 km.

A modelação de dados de GPS permitiu estimar que o volume de magma da intrusão aumentou cerca de 50 milhões de metros cúbicos nas últimas 24 horas, não havendo indícios de que a intensidade da actividade esteja em regressão. Neste sentido são traçados diversos cenários possíveis para a evolução da ocorrência. Os três mais prováveis consideram 1) a paragem da migração de magma com redução gradual da sismicidade associada; 2) uma erupção efusiva do tipo fissural no extremo norte do filão devida ao eventual alcance do magma à superfície ou, ainda, 3) um cenário alternativo que seria uma erupção mais explosiva com emissão de cinzas se o magma atingisse a superfície na zona do glaciar, e com riscos de inundação em Jökulsá á Fjöllum. Contudo, outros cenários não podem ser excluídos como é o caso, por exemplo, da ocorrência de uma erupção no interior da caldeira do Vulcão Bardarbunga, que embora possível é considerado menos provável.