Foi registada ontem, dia 10 de novembro, uma explosão mais forte do que o normal no vulcão Stromboli, localizado na ilha italiana com o mesmo nome.
De acordo com o Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (INGV), esta explosão terá afetado a área centro-sul da cratera. O evento durou cerca de 6 minutos e produziu uma coluna eruptiva vertical que terá excedido a altura de Pizzo.
Foi ouvido o ruído da explosão moderadamente forte na vila de Stromboli, bem como na área de Scari no lado leste. A dispersão dos produtos deu-se principalmente ao longo da Sciara del Fuoco, tendo gerado um fluxo piroclástico. Observou-se ainda a queda de material piroclástico em Pizzo Sopra la Fossa. O fenómeno terminou às 20:10 (hora UTC) com pelo menos três explosões de menor intensidade.
Do ponto de vista sísmico, o evento foi registado em todas as estações sísmicas associadas ao vulcão Stromboli, e foi caracterizado por uma sequência de eventos explosivos com inicio às 20:03 (hora UTC). Não foi registado nenhuma variação significativa no que diz respeito à amplitude do tremor vulcânico.
De acordo com o Laboratorio Geofisica Sperimentale (LSG), este evento foi acompanhado de um forte sinal de deformação, precedido de cerca de 4 minutos de uma inflação clara do solo.
Segundo o comunicado nº 3 do INGV, e de acordo com as redes de monitorização do vulcão, a partir das 22:11 (hora UTC), os parâmetros sísmicos voltaram aos níveis normais de referência.
Até ao momento não foram registados danos ou vítimas.
Com cerca de 926 metros de altura, o vulcão Stromboli, que forma a ilha ao norte da Sicília, no arquipélago das ilhas Eólicas, é um dos vulcões mais ativos do mundo. É conhecido pelas suas explosões normalmente pequenas, mas regulares, com emissão de lava incandescente a partir de várias bocas eruptivas no interior da sua cratera. Este tipo de atividade no vulcão vem acontecendo há pelo menos 2000 anos, desde que há registos escritos da atividade, da qual o seu nome deu origem à chamada atividade estromboliana. Em 2019, ocorreram dois eventos paroxismais, um a 3 de julho de 2019, que provocou a morte de um turista, e outro a 28 de agosto.