A sonda Rosetta entrou na órbita do cometa 67P a 6 de Agosto do corrente ano, depois de ter inicado a sua viagem a 2 de Março de 2004, num projecto que recebeu luz verde em 1993. A odisseia no espaço durou dez anos. Ao todo foram 6,4 mil milhões de quilómetros percorridos. Philae, o primeiro engenho feito na Terra conseguiu o inédito: separar-se com sucesso da nave mãe, a Rosetta, e pousar num cometa - o 67P/Churyumov-Gesasimenko, descoberto em 1969. É a primeira vez na História que algum objecto construído na Terra pousa num cometa, sendo que o 67P/Churyumov-Gerasimenko se encontra a 500 milhões de quilómetros de distância do nosso planeta.
Esta missão, liderada pela Agência Espacial Europeia (ESA), cujo centro de controlo fica localizado em Darmstadt, na Alemanha, visa o aprofundamento do conhecimento sobre a composição de cometas e a forma como reagem quando se aproximam do Sol: "Com a missão Rosetta estamos a abrir uma porta para a origem do planeta Terra e a promover uma melhor compreensão do nosso futuro. A ESA e os seus parceiros da missão Rosetta conseguiram algo de extraordinário hoje... Depois de mais de 10 anos a viajar pelo espaço, estamos a fazer a melhor análise científica de sempre de um dos mais antigos vestígios do nosso Sistema Solar", disse Alvaro Giménez, director da Ciência e Exploração Robótica da ESA.
A aterragem do Philae, que representa um verdadeiro desafio tecnológico, ocorreu numa zona designada Agilkia, situada num lado do cometa onde chega a luz solar, energia que permitirá alimentar o pequeno robot. A missão do robot Philae é medir o campo magnético do cometa e realizar testes, até 30 centímetros de profundidade, dos materiais da superfície na fase de actividade máxima, enquanto se aproxima do Sol. A ESA quer igualmente estudar a cauda do cometa, averiguar a água que o corpo celeste possui e perceber se o líquido é como o da Terra, bem como analisar a existência de moléculas complexas.
Hoje, dia 12 de Novembro às 16:02 (GMT), a sonda finalmente pousou no cometa, o que representa um feito inédito na história areoespacial.