Segundo o Instituto de Vulcanologia das Canárias (INVOLCAN) registou-se ontem, dia 2, a partir do meio, um aumento da atividade sísmica na ilha de Tenerife, principalmente em torno do vulcão do Teide.
Até às 23:10 (hora local) de domingo (dia 2), foram registados 98 sismos com magnitude inferiores a 1,5 (na escala de Richter), com epicentros localizados na base do Teide, nos municípios de Adeje, Vilaflor, La Guancha e Icod Arico. Segundo o INVOLCAN estes sismos são de baixa magnitude e consistentes com aqueles que ocorrem em vulcões ativos. A atividade anómala é considerada já como um enxame sísmico, cujo padrão define um alinhamento com direção predominante NE-SW.
Entretanto, a atividade sísmica naquela região epicentral diminuiu. Embora este tipo de atividade seja considerada normal em vulcões ativos, a sua ocorrência não é comum no caso da ilha de Tenerife, pelo que exige um determinado acompanhamento.
De acordo com a análise de dados do INVOLCAN, não foi observado deformação no edifício vulcânico associada a este episódio de sismicidade anómala. Foram enviadas ainda duas equipas de geoquímica de gases para a área numa campanha para medição de emissão difusa de dióxido de carbono. A este respeito, deve realçar-se que o INVOLCAN em 2015 registou um aumento relativo das emissões de CO2 no cume NW do vulcão, em comparação com anos anteriores.
Segundo o mesmo instituto, episódios como este não devem ser motivo de alarme, no entanto realça que são um exemplo claro da dinâmica de um sistema ativo como a ilha de Tenerife.