A passagem do ciclone tropical Hermine pelas Ilhas Canárias provocou inúmeros danos materiais, especialmente na aldeia de San Nicolás, ilha Gran Canaria.
Entretanto, Hermine perdeu força, passando a uma depressão pós-tropical. A cessação das chuvas permitiu esta segunda-feira contabilizar os danos causados pelas cheias e começar a reparação dos mais urgentes. Da mesma forma, o governo insular decidiu que esta terça-feira a atividade escolar será retomada.
As chuvas intensas provocaram inundações de várias infraestruturas e desencadearam vários movimentos de vertente. Também a energia elétrica foi afetada, tendo os maiores estragos ocorrido nos municípios de La Aldea (Gran Canaria), Candelaria e Guímar (Tenerife). Cerca de 50 habitantes de San Bartolomé de Tirajana (Gran Canaria) tiveram que ser retirados. O tráfego aéreo foi afetado, tendo agora os aeroportos que recuperar os 540 voos cancelados.
O episódio já é catalogado pelos meteorologistas como "histórico", deixando registos nunca antes vistos em alguns dos observatórios do arquipélago, até dez vezes superiores ao normal para esta época do ano. O presidente das Canárias, Ángel Víctor Torres, informou que desde a chegada do ciclone "houve uma acumulação de até 300 litros por metro quadrado na ilha de La Palma e cerca de 200 litros por metro quadrado na Gran Ganaria". Sublinhou que, nos últimos três dias choveu mais do que em todos os meses de setembro de que têm conhecimento histórico.