Na passada sexta-feira, um vulcão na ilha Manam em Bogia, Madang na Papua Nova Guiné, entrou em erupção, forçando algumas pessoas a fugir para locais seguros. O vulcão emitiu cinzas até cerca de 19812 metros de altitude, segundo informações divulgadas pelo Australian Bureau of Meteorology num comunicado de cinzas vulcânicas. A coluna eruptiva progrediu para sudoeste, embora se tenha expandido em todas as direções. Foi emitido um alerta vermelho para aviação.
De acordo com as declarações prestadas por Paul Maburau, conselheiro da aldeia Dugulava na ilha, os produtos vulcânicos estavam a ser emitidos pelas duas crateras do vulcão, uma localizada entre as aldeias de Bokure e de Kualang, e outra situada entre as aldeias de Dugulava e de Warisi. O episódio eruptivo foi acompanhado por tremor vulcânico, percetível pela população. Informou ainda que alguns habitantes deixaram mesmo a ilha, usando três botes disponíveis em Dugulava, e que aqueles que ficaram para trás estão com medo da evolução da situação.
O gabinete de desastres vai agora analisar o relatório enviado pela ilha, para avaliar a situação e definir planos de ação e de assistência à população.
A ilha de Manam fica localizada a cerca de 16 km a nordeste de Bogia. Segundo Maburau, é necessário proceder à evacuação da população, mas existem problemas com os combustíveis. Outro problema que a população enfrenta é a emissão de cinzas que, ao cobrir campos, pode levar a fome generalizada na ilha.
O vulcão da ilha Manam é um dos vulcões mais ativos da Papua Nova Guiné. Em novembro e dezembro de 2004 iniciaram-se uma série de erupções, obrigando a relaização de evacuações em massa (aproximadamente 9000 residentes) e provocando 5 mortos. Outra erupção a 3 de dezembro de 1996 deu origem a uma escoada piroclástica, matando 13 pessoas na aldeia de Budua.