O Monte Etna, um dos vulcões mais ativos do mundo, entrou em erupção segunda-feira, dia 27 de fevereiro, após oito meses sem qualquer tipo de atividade. Na sua primeira erupção deste ano produziu fontes de lava visíveis na cidade de Catânia e na região de Taormina e, consequentemente, escoadas lávicas que, segundo Boris Behncke do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), movem-se lentamente para sudeste.
De acordo com o mesmo Instituto, foi relatada a queda de cinzas nas aldeias de Lingfield e de Zafferana Etnea, sem perigo algum para os moradores ou para a aviação.
A erupção foi acompanhada por um tremor vulcânico, registado a partir de segunda-feira. As medições de GPS de alta frequência não indicaram mudanças significativas na estrutura do vulcão, o que deveria causar alarme caso fossem registadas.
O Monte Etna é um dos vulcões mais ativos da Europa, estando quase constantemente em atividade. Juntamente com o Vesúvio, localizado perto de Nápoles, é um dos 16 vulcões do mundo designados como "Vulcões da Década" pela Nações Unidas, significando que são cuidadosamente estudados devido à frequência de atividade e densidade populacional próxima.
O Etna é caraterizado por erupções do tipo Estromboliano, com explosões frequentes, relativamente moderadas, provavelmente provocadas pela acumulação lenta de dióxido de carbono, dióxido de enxofre e vapor de água. Estas erupções relativamente moderadas ocorrem tipicamente em intervalos de meses, tendo a última ocorrido em maio passado.