Após seis meses de atividade, a Cratera Sudeste do vulcão Etna cresceu em altura, tornando aquele que é considerado o vulcão ativo mais alto da Europa ainda mais alto.
Localizado na costa leste da Sicília (Itália), o vulcão Etna é um dos vulcões mais ativos do mundo. No topo existem quatro crateras: a Voragine e a Bocca Nuova, formadas em 1945 e 1928 respetivamente, a Cratera Nordeste e a Cratera Sudeste, que recentemente tem sido a mais ativa das quatro.
Num comunicado, o Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (INGV) informou que a análise e processamento de imagens de satélite permitiram verificar que a Cratera Sudeste cresceu em altura, e o cume do vulcão atinge agora os 3.357 metros acima do nível do mar. Ultrapassou, assim, a sua 'irmã mais velha', a Cratera Nordeste, que durante 40 anos foi o pico mais alto do Etna. O cume do Etna já tinha atingido uma altura recorde de 3.350 metros em 1981, mas um colapso parcial do bordo da cratera em 2018 reduziu-o para 3.326 metros.
Desde meados de fevereiro, cerca de 50 episódios de erupções de cinzas e fontes de lava centradas na Cratera Sudeste, levaram a uma "transformação notável do contorno do vulcão”. Nos últimos meses, nuvens de cinzas levaram ao encerramento temporário do aeroporto de Catânia. A queda de cinzas de erupções explosivas danificou as plantações nas áreas circundantes, e tremores vulcânicos abalaram edifícios sem, contudo, causar danos significativos ou vítimas. O governo da Sicília estimou que, até ao momento, cerca de 300.000 toneladas de cinzas foram removidas das ruas vizinhas.