Na noite do dia 10 de fevereiro, o vulcão Etna registou mais um episódio eruptivo na cratera SE. A atividade explosiva esteve circunscrita ao interior da cratera.
Segundo os vários comunicados divulgados, desde do dia 10 de fevereiro, pelo Istituto Nazionale di Geofisica e Vulcanologia (INGV), a partir deste dia, por volta das 14:20 h (UTC), foi possível observar pelas imagens captadas pela rede de vigilância instaladas no Etna, uma escoada lávica que provinha da cratera SE e fluía para oeste-sudeste. A amplitude do tremor vulcânico, por volta das 13:30 h (UTC) do mesmo dia, aumentou significativamente.
A partir das 16:00 h (UTC), a atividade, do tipo estromboliana, caracterizou-se por explosões discretas e intermitentes (com emissão de bombas, escórias e cinzas) na cratera SE, com alternância de fases de maior intensidade/frequência com fases de menor intensidade/frequência.
Os dados referentes à atividade infrassónica do dia 10 de fevereiro mostravam um crescimento do número de eventos localizados apenas na cratera SE, e com a amplitude variável.
Algumas horas mais tarde registou-se a emissão de 3 fluxos de material piroclástico, na cratera SE, em que dois deles percorreram algumas centenas de metros e atingiram o Valle del Bove e o outro atingiu a zona sul.
No comunicado emitido às 23:19 (UTC), o INGV refere que o tremor vulcânico diminuiu de forma drástica por volta das 21:00 h (hora UTC), bem como o numero de eventos de infrassons e a amplitude dos mesmos.
Este novo episódio eruptivo paroxismal chegou ao fim, registando-se até ao último comunicado divulgado, atividade explosiva no interior da cratera SE, caraterizada por fraca intensidade e de forma descontínua. Identificou-se ainda uma fraca emissão de cinzas vulcânicas que se dispersaram na zona noroeste do vulcão, atingindo algumas zonas habitacionais, como é o caso de Maletto.
O fluxo de lava na cratera SE estagnou próximo do Monte Frumento Supino, bem como o registo do tremor vulcânico que se mantém em valores médios e que mostra uma tendência decrescente. Os eventos infrassónicos são agora registados principalmente na zona da cratera Bocca Nuova e foi verificada uma anomalia térmica na base da cratera SE.
A rede de tiltímetros e de GNSS nunca registou ao longo destes dias nenhuma alteração significativa no seu padrão de dados que indicasse uma alteração no terreno.