A actividade eruptiva do Vulcão do Fogo, iniciada no passado dia 23 de Novembro, mantém-se com uma taxa de efusão lávica reduzida, com explosões muito esporádicas e com baixa emissão de gases e cinzas. A lava tem estado a avançar lentamente por tubos lávicos criados nas escoadas lávicas anteriores, tendo-se formado duas novas frentes no dia 14 de Dezembro. Uma dirigiu-se para Cova Tina, destruindo terrenos agrícolas, e a outra frente avança em direcção a Bangaeira. A frente de lava mais preocupante, a que dista cerca de 3,5 km de Fernão Gomes, um pequeno casal desabitado, continua estagnada, sem nenhum avanço no terreno.
Embora existam duas frentes lávicas activas, as autoridades informam que não há motivos para alarme. A possibilidade da lava alcançar novos povoados é cada vez mais remota. No entanto, a actividade eruptiva continua em curso e não apresenta indícios de estar a terminar. As últimas medições dos gases libertados indicam ainda uma taxa de emissão de dióxido de enxofre relativamente elevada, de cerca de 8971 ton/dia. As autoridades continuam em alerta fazendo, juntamente com as equipas de especialistas a monitorização contínua da situação.
Os investigadores do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral e Vera Alfama, naturais de Cabo Verde, encontram-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando as equipas da Protecção Civil e da Universidade de Cabo Verde. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.