De acordo com o ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, a atividade sísmica na ilha Brava tem vindo a diminuir significativamente, tendo-se registado apenas 22 eventos sísmicos na noite de 2 para 3 de agosto, contrariamente aos mil eventos da noite anterior (de 1 para 2 de agosto). No entanto o estado de alerta mantém-se.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, desde terça-feira que o número de eventos sísmicos tem vindo a diminuir, e a partir do final de tarde de ontem que não foi registado nenhum evento sísmico sugerindo, por conseguinte, estagnação da intrusão magmática. Os elementos sísmicos estão a ser permanentemente monitorizados por instituições nacionais, com o auxílio de congéneres parecerias internacionais.
O governo está a avaliar a possibilidade das populações de Cova Joana e Benfica regressarem às suas casas, enquanto aguarda parecer do grupo de especialistas/técnicos da Universidade Pública de Cabo Verde (Uni-CV), que inclui os colaboradores do CVARG Vera Alfama e Jeremias Cabral, que se encontram a realizar medições de gases vulcânicos no local.
Embora a ausência de sismos pareça indicar o regresso à normalidade, não significa que o perigo tenha passado, pelo que o presidente da Proteção Civil, Arlindo Lima, alerta que a situação ainda requer alguns cuidados. O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica alerta em comunicado que não se pode afastar a possibilidade de haver outra injeção magmática nas próximas horas ou dias, devendo entretanto a população manter-se alerta e cooperar com as autoridades locais.
O Gabinete de Crise, estabelecido na terça-feira, irá permanecer a exercer funções durante todo o tempo que se entender necessário, garantindo uma comunicação diária ao país.