A actividade eruptiva do Vulcão do Fogo, iniciada no passado dia 23 de Novembro, mantém-se, continuando a verificar-se a emissão de escoadas lávicas ao nível do foco eruptivo, explosões esporádicas e emissão de gases, embora em quantidade inferior às primeiras três semanas de erupção.
Depois de destruir por completo as duas povoações principais de Chã das Caldeiras, Portela e Bangaeira, a lava destruiu praticamente o pequeno povoado de Ilhéu de Losna, composto por pouco mais de uma dezena de casas e funcos, e a adega de Eduíno Lopes. A frente lávica que avança para norte deste povoado continua activa, tendo avançado cerca de 50 a 60 metros nas últimas 24 horas. Em declarações prestadas à Inforpress, a investigadora Nadir Cardoso da Universidade de Cabo Verde explicou que a lava está a contornar a escoada lávica da erupção vulcânica de 1995 e já chegou à casa de Tuca, nas proximidades de Boca Fonte, antiga localidade de Chã das Caldeiras, destruída durante aquela erupção. A frente lávica que progride para sul do povoado também continua activa, avançando lentamente; já contornou o pátio da única casa ainda intacta na área, ultrapassou a estrada e está a ser canalizada por um vale que não é cultivado e onde não existem habitações.
O investigador do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral, natural de Cabo Verde, encontra-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando a equipa da Protecção Civil. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.