A actividade vulcânica da ilha do Fogo, iniciada no passado dia 23 de Novembro, continua estável. Segundo Sónia Silva, geóloga da Universidade de Cabo Verde, durante o dia de ontem, 12 de Dezembro, a coluna eruptiva atingiu menores altitudes que as verificadas nos dias anteriores, e a explosividade era também menor. A frente de lava está praticamente estagnada a cerca de 600 metros mais à frente de Bangaeira, localidade que, à semelhança de Portela, foi praticamente destruída pelas escoadas lávicas.
Recorde-se que as autoridades temem que, dada à inclinação do terreno a partir de Monte Velha, a lava aumente de velocidade, se a situação se agravar, pondo em risco algumas localidades situadas na vertente nordeste da ilha, como Cutelo Alto e Fonsaco, com cerca de 2300 habitantes. O plano de emergência continua centrado nas localidades que se encontram mais próximas da frente da lava, como Fernão Gomes, um casal desabitado do concelho de Mosteiros que serve de apoio a agricultores e pastores, e sobretudo Cutelo Alto e Fonsaco.
O acesso a Chã das Caldeiras continua interdito para segurança das pessoas. No entanto, alguns moradores daquela zona continuam a entrar na caldeira para cuidar dos terrenos e animais, bem como colher algumas das suas produções. As autoridades no terreno continuam em alerta, fazendo juntamente com as equipas de especialistas a monitorização contínua da situação.
O investigador do CVARG/CIVISA, Jeremias Cabral, natural de Cabo Verde, encontra-se na ilha do Fogo para acompanhar a erupção, integrando a equipa da Protecção Civil. O CVARG/CIVISA encontra-se a acompanhar o desenvolvimento da actividade eruptiva.